Após sobrevoar a região devastada pelo rompimento há uma semana de
duas barragens, na região de Mariana, em Minas Gerais, a presidenta
Dilma Rousseff disse que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai aplicar multas à mineradora
Samarco de R$ 250 milhões por danos ambientais. “Várias legislações,
entre elas federais, foram descumpridas”, afirmou, em entrevista à
imprensa em Governador Valadares.
“As multas ambientais preliminares que estamos dando, que montam a R$
250 milhões, são por causar poluição de rios provocando danos à saúde
humana; tornar área urbana ou rural imprópria para a ocupação humana;
causar poluição hídrica que leve à interrupção de abastecimento público
de água; lançar resíduos em desacordo com os padrões de qualidade
exigidos em lei e provocar emissão de efluentes ou carreamento de
materiais que provoquem dano à biodiversidade”, disse.
Segundo Dilma, essas multas são preliminares e outras poderão ser
aplicados. A presidenta disse também que cabe ainda indenização à União,
aos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, às prefeituras e às
pessoas atingidas.
Dilma afirmou ainda que o governo está empenhado em responsabilizar
os culpados pelo desastre em Mariana. “Quem é o responsável? É uma
empresa privada, Samarco, uma empresa grande, que tem como sócios a Vale
e a BHP Billiton. As empresas têm de ser responsabilizadas por várias
coisas: primeiro, pelo atendimento emergencial da população; segundo,
pela busca de soluções mais estáveis, mais perenes; e terceiro, pela
reconstrução e pela capacidade de resolver os problemas da vida de cada
um afetado por esse desastre”.
Mais cedo, a presidenta do Ibama, Marilene Ramos, havia informado que
o órgão aplicaria duas multas à mineradora Samarco alcançariam R$ 100
milhões. Uma de R$ 50 milhões, pelo lançamento de rejeitos em rios
próximos em decorrência do rompimento das barragens; e outra – no mesmo
valor – em razão dos prejuízos causados à biodiversidade.
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