(Foto reprodução/Google)
O estudo “Mapa da Violência 2015:
Homicídio de Mulheres”, divulgado nesta segunda-feira (9), mostra que
50,3% das mortes violentas de mulheres no Brasil são cometidas por
familiares e 33,2% por parceiros ou ex-parceiros.
Entre 1980 e 2013 foram assassinadas
106.093 mulheres, 4.762 só em 2013. O país tem uma taxa de 4,8
homicídios para cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme
dados da OMS que avaliaram um grupo de 83 países.
O estudo é de autoria do sociólogo
argentino Julio Jacobo Waiselfisz, radicado no Brasil, e analisa dados
oficiais nacionais, estaduais e municipais sobre óbitos femininos no
Brasil entre 1980 e 2013, passando ainda por registros de atendimentos
médicos.
Entre 2003 e 2013, o número de
homicídios de mulheres passou de 3.937 para 4.762, aumento de 21% no
período. As 4.762 mortes em 2013, último ano do estudo, representam uma
média de 13 mulheres assassinadas por dia.
Na análise por estados, Roraima viu as
taxas mais que quadruplicaram (343,9%). Na Paraíba, subiram 229,2%.
Entre 2006, ano da promulgação da lei Maria da Penha e 2013, apenas
Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro
registradas quedas nas taxas de homicídios de mulheres.
Mulheres negras
Enquanto o número de homicídio de mulheres brancas caiu 9,8% entre 2003 e 2013 (de 1.747 para 1.576), os casos envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875.
Enquanto o número de homicídio de mulheres brancas caiu 9,8% entre 2003 e 2013 (de 1.747 para 1.576), os casos envolvendo mulheres negras cresceram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875.
Pequenos municípios
Os maiores índices de homicídios de mulheres são registrados nos pequenos municípios, e não nas capitais. A cidade Barcelos (AM), com uma população feminina média de 11.958, registrou 45,2 homicídios por dez mil mulheres e o primeiro da lista.
Os maiores índices de homicídios de mulheres são registrados nos pequenos municípios, e não nas capitais. A cidade Barcelos (AM), com uma população feminina média de 11.958, registrou 45,2 homicídios por dez mil mulheres e o primeiro da lista.
Depois, vem Alexânia (G), com uma
população feminina média de 11.947, que teve 25,1% mortes de mulheres
por dez mil mulheres. Sooretama (ES), com população feminina média de
11.920, teve taxa de 21,8% e aparece em terceiro na lista.
Nenhuma capital aparece no ranking das
100 cidades com maiores taxas. A primeira capital na lista é Maceió
(Alagoas), em 126º lugar, que registrou uma taxa de 9,8% homicídios de
mulheres por 100 mil.
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