Num
instante em que Michel Temer celebrava a queda da inflação e a
perspectiva de eleger dois aliados para as presidências da Câmara e do
Senado, a Lava Jato acomodou na porta do Palácio do Planalto mais um de
seus filhotes tóxicos —uma investigação sobre um esquema que ajeitava
empréstimos da Caixa Econômica para empresas em troca de propinas. No
centro do novo escândalo estão personagens ligadíssimos a Michel Temer.
Entre eles Geddel Vieira Lima, ministro até outro dia, e o
ex-todo-poderoso Eduardo Cunha.
Cada vez que um pedaço da Lava Jato desaba nas proximidades de Temer, o brasileiro tem uma incômoda sensação de continuísmo. Governar é como desenhar sem borracha. E o PMDB de Temer é coautor do borrão que Lula, Dilma e o PT produziram. Por mais que se esforce, o brasileiro não consegue enxergar em Temer um bom exemplo. Vê, no máximo, um bom aviso.
Cada vez que um pedaço da Lava Jato desaba nas proximidades de Temer, o brasileiro tem uma incômoda sensação de continuísmo. Governar é como desenhar sem borracha. E o PMDB de Temer é coautor do borrão que Lula, Dilma e o PT produziram. Por mais que se esforce, o brasileiro não consegue enxergar em Temer um bom exemplo. Vê, no máximo, um bom aviso.
A nova operação policial chega num instante em que o governo se prepara
para enfrentar no Congresso a dura batalha da reforma da Previdência. E
ainda está por vir a homologação das delações da Odebrecht, que
alcançam o próprio Temer. Limpo, o governo teria dificuldades para
emplacar o necessário aperto previdenciário. Sujo, nem se fala. Temer
tenta se comportar como um São Jorge que veio salvar a República. Mas a
Lava Jato insiste em avisar que São Jorge está casado com o dragão. Via JOSIAS DE SOUZA.
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