O Senado dos Estados Unidos rejeitou ontem (26), por 45 votos a favor e
55 contra, um projeto para revogar a lei de saúde criada pelo
ex-presidente Barack Obama, conhecida como Obamacare, que previa uma
margem de dois anos para elaborar uma alternativa para o sistema
atualmente em vigor no país. A informação é da EFE.
O projeto, do senador republicano Rand Paul, é uma das propostas
apresentadas pelo Senado para acabar com o Obamacare. No entanto, seu
impacto não convenceu os integrantes mais moderados do partido, que veem
seus estados serem beneficiados pela lei atual. Uma iniciativa similar
ao projeto apresentado hoje tinha sido aprovada pelo Congresso dos EUA
em 2015, mas acabou vetada pelo próprio Obama.
Na noite passada
os senadores já tinham rejeitado o primeiro projeto, também por falta de
acordo dentro do Partido Republicano. Os senadores republicanos que
votaram contra o segundo projeto foram Dean Heller (Nevada), John McCain
(Arizona), Susan Collins (Maine), Lisa Murkowski (Alasca), Shelley
Moore Capito (Virgínia Ocidental), Robert Portman (Ohio) e Lamar
Alexander (Tennessee).
O texto ainda incluía uma emenda que
visava agradar mais aos republicanos e que proibia o repasse de recursos
do governo federal a clínicas que auxiliem em abortos. Apesar de os
republicanos terem maioria no Senado, mais de seis senadores do partido
são contra as alternativas ao Obamacare apresentados até agora,
especialmente porque as pessoas mais pobres serão as mais afetadas pelos
cortes nos planos de saúde.
Segundo cálculos do Escritório de
Orçamento do Congresso, a proposta rejeitada hoje faria com que 32
milhões de pessoas perdessem seus planos de saúde em dez anos. Diante da
falta de entendimento, espera-se que os republicanos levem ao Senado
uma revogação parcial do Obamacare, votando emendas nas quais os membros
do partido cheguem a um consenso.
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