O setor público consolidado, formado por União, os estados e os
municípios, registrou déficit nas contas públicas em junho, de acordo
com dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (28) em Brasília. O
déficit primário, receitas menos despesas, sem considerar os gastos com
juros, ficou em R$ 19,552 bilhões. Esse foi o pior resultado para o mês
na série histórica iniciada em dezembro de 2001.
O resultado do
primeiro semestre também foi o maior para o período, chegando ao déficit
primário de R$ 35,183 bilhões. Em 12 meses encerrados em junho, o
déficit primário ficou em R$ 167,198 bilhões, o que corresponde a 2,62%
do Produto Interno Bruto (PIB) , a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país.
Em junho deste ano, o Governo Central
(Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) acusou déficit primário
de R$ 19,937 bilhões. Os governos estaduais anotaram superávit primário
de R$ 346 milhões, e os municipais, superávit de R$ 107 milhões. As
empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluídas empresas
dos grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram superávit primário de R$ 145
milhões no mês passado.
Em junho, os gastos com juros nominais
ficaram em R$ 31,511 bilhões, contra R$ 22,113 bilhões em igual mês de
2016. O déficit nominal, formado pelo resultado primário e os resultados
de juros, atingiu R$ 51,063 bilhões no mês passado ante R$ 32,174
bilhões de junho de 2016. Em 12 meses encerrados em junho, o déficit
nominal ficou em R$ 440,297 bilhões, o que corresponde a 6,89% do PIB.
A
dívida líquida do setor público (balanço entre o total de créditos e
débitos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a R$ 3,112
trilhões em junho, o que corresponde a 48,7% do PIB, com elevação de 0,6
ponto percentual em relação a maio.
A dívida bruta (contabiliza
apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais) chegou a
R$ 4,674 trilhões ou 73,1% do PIB, com aumento de 0,6 ponto percentual
em relação ao mês anterior.
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