O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Jason
Greenblatt, pediu hoje (19) que um eventual governo de unidade palestina
reconheça o Estado de Israel.
Um governo palestino "deve
comprometer-se de maneira inequívoca e ambígua à não violência,
reconhecer o Estado de Israel, aceitar os acordos e obrigações
anteriores entre as partes, incluindo o desarmamento dos terroristas e o
compromisso com negociações pacíficas", disse Greemblatt, através de um
comunicado.
"Se o Hamas vai desempenhar algum papel em um
governo palestino, deve aceitar estes requisitos básicos", acrescentou o
enviado do presidente dos EUA, Donald Trump.
É a resposta do
governo americano aos esforços de reconciliação entre os islâmicos do
Hamas e os nacionalistas do Al Fatah, partido que controla a Autoridade
Nacional Palestina (ANP). As informações são da agência de notícias EFE.
Na
semana passada, as duas forças assinaram um pacto no Cairo, sob
mediação egípcia, para finalizar uma década de divisão política desde
que o Hamas expulsou da Faixa de Gaza as forças leais de Abbas e assumiu
o controle do enclave costeiro, criando de fato dois governos
palestinos, um em Gaza e outro na Cisjordânia.
Em virtude do
acordo, o governo de consenso da Cisjordânia retomará o controle
administrativo de Gaza, e a segurança e a gestão das fronteiras.
Bloqueio sobre Gaza
Israel,
que como a União Europeia e os EUA, considera Hamas um grupo
terrorista, mantém um bloqueio sobre Gaza desde 2007 e adiantou, após o
anúncio, que não reconhecerá o pacto, mas não vai romper relações com a
ANP, nem vai impedir seu cumprimento, por considerar que pode beneficiar
seu país.
No entanto, advertiu que não estabeleceria negociações
diplomáticas com um governo palestino relacionado com o Hamas se este
não cumprir com determinadas condições, como as que os Estados Unidos
pedem hoje.
"Todas as partes concordam ser essencial que a ANP
possa assumir de forma plena, genuína e sem obstáculos, as
responsabilidades civis e de segurança em Gaza, e que trabalharemos lado
a lado para melhorar a situação humanitária dos palestinos que ali
residem", disse Greenblant.
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