O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin,
afirmou hoje (24), durante julgamento do recurso do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF4),
que o processo é nulo e que, na sentença, não foi feita prova da culpa,
mas, sim, da inocência do ex-presidente. Na alegação, Zanin apontou uma
série de inconsistências no processo.
Zanin embasou a apelação ao defender que houve cerceamento de defesa,
problemas na escolha da jurisdição e parcialidade do juiz federal
Sérgio Moro, responsável pelo processo em primeira instância.
A
apelação da defesa de Lula é contra a condenação a 9 anos e 6 meses de
prisão no caso do triplex do Guarujá – aplicada pelo juiz Sérgio Moro,
responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância
da Justiça Federal, em Curitiba (PR).
A defesa afirmou que falta
correlação entre a denúncia e a sentença. “O juiz de primeiro grau
construiu uma acusação própria. Ele deixou de lado a denúncia. O que se
vê na sentença é uma completa distorção”, defendeu.
O advogado
também criticou o conceito de tipicidade do crime de corrupção passiva.
“O crime de corrupção passiva se tipifica quando o funcionário público
recebe uma vantagem indevida. Então é preciso estabelecer o nexo. Aqui
na sentença, o juiz diz que houve atos de ofício indeterminados.
Significa reconhecer que não há atos de ofícios nesse processo. Crimes
não pode ser fluidos.”
Antes de Zanin, falaram os advogados René
Dotti - que é assistente da acusação e representa a Petrobras -,
Fernando Augusto Henriques Fernandes - defensor do ex-presidente do
Instituto Lula Paulo Okamotto. As demais defesas abriram mão das
manifestações.

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