Em operação conjunta, a Receita Federal e a Polícia Federal (PF) apreenderam 43 quilos de pasta base de cocaína no Porto do Rio de Janeiro.
A droga teria vindo da Colômbia e embarcada em um contêiner com lacre
estourado e posteriormente falsificado entre o Porto de Montevidéu, no
Uruguai, e o Porto do Rio de Janeiro. Do Rio, a droga teria como destino final a Europa.
A droga foi localizada durante uma fiscalização de rotina dos agentes
da Receita Federal, que constataram o lacre falsificado no navio
cargueiro. O contêiner foi separado e os cães farejadores da Receita e
da PF localizaram a droga.
De acordo com José Francisco Pereira dos Reis, da Divisão de
Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, a droga
apreendida tem valor de pureza de 98% e, no mercado da Europa, estaria
avaliada em mais de US$ 3 milhões.
As 43 embalagens em que foi acondicionada a droga traziam logotipos
de marca de bebida e vestuário feminino, além de fotografia do falecido
narcotraficante colombiano Pablo Escobar. Segundo Reis, a foto estampada
de Escobar é de quando ele foi preso pela primeira vez na Colômbia e
mostra como a figura dele ainda é respeitada naquele país: “não seria
qualquer quadrilha do narcotráfico que estamparia uma foto dele em
qualquer mercadoria."
Reis disse ainda que essas ações são feitas, na maioria das vezes, em
alto-mar ou perto do porto, antes de o navio encostar para descarregar a
mercadoria transportada. As quadrilhas são altamente especializadas –
cada integrante tem função definida na organização. Além da Europa,
costuma ser enviada para os Estados Unidos e para países do Oriente
Médio.
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