A notícia de que o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria,
o João de Deus, alterou a rotina no centro espírita Casa Dom Inácio de
Loyola, em Abadiânia (GO) e, consequentemente, das pousadas, hotéis,
restaurantes e lojas que vivem do turismo religioso na região.
Ônibus de excursão com fiéis continuam chegando à pequena cidade de
cerca de 12 mil habitantes, dividida pela BR-060, que liga Brasília a
Goiânia. O número de pessoas, contudo, é inferior ao habitual.
Comerciantes evitam falar com a imprensa, mas alguns lamentam as
desistências de reservas e a queda no movimento.
Pelo segundo dia consecutivo, o médium não prestou atendimento e
aconselhamento espiritual. Ontem, ele chegou a passar pelo centro, mas permaneceu no local por menos de dez minutos. Após um rápido pronunciamento a seus seguidores, no qual disse ser inocente e afirmou estar à disposição da Justiça,
ele deixou o centro em meio a um grande tumulto. Nenhum dos assessores
mais próximos confirma o paradeiro do médium e o advogado não atende o
telefone.
No site, a Casa Dom Inácio mantém a agenda habitual até o fim do mês,
com a previsão de atendimento todas as quartas, quintas e
sextas-feiras. No entanto, administradores do centro espírita já cogitam
a possibilidade de interromper as atividades temporariamente,
concedendo férias a parte dos 40 funcionários - número que inclui também
os trabalhadores da chamada Casa da Sopa, que funciona em um casarão do
centro da cidade e onde são servidas refeições para os fieis e para a
população em geral, além de oferecidos serviços assistenciais.
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