Com a negativa dada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
(TJRN) sobre a liberação de recursos de royalties para o pagamento dos
servidores do Estado, agentes de segurança convocaram uma assembleia
geral entre as categorias marcada para a manhã desta sexta-feira (14). O
objetivo é discutir qual posição irão tomar na tentativa de pressionar a
administração do estado, umas das possibilidades é repetir a
paralisação iniciada em 19 de dezembro do ano passado.
A Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN (ACS) se pronunciou ainda
na quarta-feira (12), logo após a negação do TJRN, através de redes
sociais, chamando a prerrogativa como uma “desvalorização do
profissional e com a população”. De acordo com o presidente, Roberto
Campos, a “tropa já tem falado sobre paralisação”, mas nada foi definido
ainda. Eles irão se reunir na sexta-feira para definir quais serão os
próximos passos.
Além dos salários atrasados, há quatro anos existe um congelamento na
remuneração dos profissionais. Para os representantes da ACS, existe
esperança que a próxima gestão “tenha a sensibilidade” e consiga colocar
as folhas em dia. Além do desgaste dos policiais em trabalharem com
operações que demandam um alto nível de estresse, a preocupação com a
situação financeira agrava a situação.
Já o Sindicato de Policiais Civis (Sinpol) alegou que a negativa não
foi uma surpresa, visto que o adiantamento às vésperas de um novo gestor
assumir não é muito indicado para os cofres do Estado. Por enquanto, o
sindicato diz que não fará nenhuma mobilização, mas que também irá fazer
uma reunião.
Em nota, a Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e
Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN), também se posicionou. “A
ASSPMBMRN se une ao sentimento de revolta instalado hoje nos militares
estaduais, bem como os demais servidores públicos. Em resposta a isto,
nesta sexta-feira (14) nos reuniremos com todos os presidentes das
entidades que representam os servidores da Segurança Pública para
discutir qual a atitude que iremos tomar. Infelizmente não está
descartado acontecer o mesmo que aconteceu no final de 2017”.
Por meio de nota, o Governo do RN afirmou que vê com preocupação a
negativa do TJ para uma operação inclusive já realizada por gestões
anteriores, a fim de viabilizar pagamento de parte do décimo-terceiro.
Mas garantiu que segue em suas demais tratativas para a solução do
problema.
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