“Toda competição é unica. Por mais experiência que a gente tenha,
cada dia fica mais difícil. O pessoal lá fora se prepara muito bem, mas
nós também. E deu para competir de igual pra igual”, resume a potiguar
Terezinha Mulato, uma das halterofilistas mais experientes da seleção
brasileira paralímpica.
Os cinco halterofilistas da Sociedade Amigos do Deficiente Físico do
RN (Sadef) que participaram do Regional das Américas, na Colômbia,
voltaram pra casa com medalhas. Três ouros, duas pratas e três bronzes,
no total. Resultados que ajudaram a levar o Brasil à liderança do quadro
geral de medalhas, com 26 pódios, e ao bicampeonato da competição.
“Alcançamos a meta principal que havíamos estabelecido, que era o
bicampeonato. Agora iremos fazer as análises individuais de cada atleta,
levando em consideração os processos qualificatórios para o Mundial, os
Jogos Parapan-Americanos de Lima e Jogos Paralímpicos, uma vez que
todos eles utilizam parâmetros diferentes para classificação. O que
pudemos ver, no geral, é que o Brasil evoluiu muito tanto em quantidade
quanto em qualidade”, disse Felipe Dias, coordenador-técnico do
halterofilismo pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.
Os ouros da Sadef foram de Maria Rizonaide, na categoria até 45
quilos. E dois de Junior França, da categoria até 49 quilos, que
levantou 141 quilos, quase três vezes o próprio peso. Terezinha Mulato
ficou com duas pratas. “Encontrei na minha categoria a melhor
halterofilista do México, Amalia Perez. Já sabia que o ouro seria
difícil, pq ela levanta mais de 130kg. Então, pra mim, a prata foi
ouro”, comemora Terezinha que levantou 87kg. Outra atleta da Sadef,
Naira Gomes, completou o pódio.
Naira ainda conquistou mais um bronze. E Renê Belcássia faturou dois
bronzes. O Brasil foi representado por 26 atletas na Colômbia – a maior
delegação já levada pelo país a um evento internacional. O Regional das
Américas conta ponto para o ranking mundial, que vai definir as vagas
para os Jogos Paralímpicos de Toquio, em 2020. “Temos boas expectativas.
Entre os atletas da Sadef, Júnior França é o melhor colocado no Ranking
Paralímpico, em quinto, mas ainda é muito cedo para alguma certeza.
Vamos trabalhar muito em busca dessas vagas”, afirma Carlos Williams,
técnico da Sadef e da seleção.
O Regional das Américas encerrou a temporada da Seleção Brasileira da
modalidade. Em 2019, os atletas competirão em fevereiro em uma Copa
Mundo, em Dubai, no Campeonato Mundial, no Cazaquistão, em julho, e nos
Jogos Parapan-Americanos de Lima, em agosto.
Maria Rizonaide (Cat. -45 kg)
1° Lugar RA com 79 kg
1° Lugar RA com 79 kg
João Maria (Cat. -49)
1° Lugar RA com 141 kg
1° Lugar RO
1° Lugar RA com 141 kg
1° Lugar RO
Terezinha Mulato (Cat -61 kg)
2° Lugar RA com 87 kg
2° Lugar OA
2° Lugar RA com 87 kg
2° Lugar OA
Renê Belcassia (Cat -55 kg)
3° Lugar RA com 82 kg
3° Lugar RA com 82 kg
Naira Gomes (Cat. -61 kg)
3° Lugar RA com 86 kg
3° Lugar OA
3° Lugar RA com 86 kg
3° Lugar OA
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