Por causa da ação do homem, começou a ser observado em vários locais
do mundo um tipo de raio “invertido”, que em vez de descer das nuvens e
tocar no solo, parte de uma estrutura alta na superfície, tais como
torres de telecomunicações, se propagando em direção às nuvens.
No Brasil, esses raios estão sendo observados em locais como na
região da Avenida Paulista e no Pico do Jaraguá, em São Paulo, onde há
muitas torres instaladas. Só no Pico do Jaraguá, a frequência desse tipo
de raios costuma ser de 40 a 50 ocorrências por ano. A maior parte dos
raios ascendentes (invertidos) no Brasil ocorre principalmente na
transição da primavera para o verão e do verão para o outono.
O estudo é feito no Brasil, nos Estados Unidos e na África do Sul. No
Brasil, ele vem sendo tocado por pesquisadores do Grupo de Eletricidade
Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp). Em entrevista à Agência Brasil, Marcelo Magalhães Fares Saba,
pesquisador do Inpe e coordenador do projeto, disse que esse tipo de
raio passou a existir à medida que o homem foi colocando ou construindo
estruturas altas na superfície terrestre como torres de
telecomunicações, torres de celular ou arranha-céus.
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