Pressionado pela queda no quórum, o governo sofreu uma derrota na
votação de um dos destaques da reforma da Previdência. Na madrugada
desta quarta-feira
(2), o Plenário do Senado derrubou a restrição do abono salarial a quem
ganha até R$ 1.364,43. Com a retirada do ponto da proposta de emenda à
Constituição (PEC), a economia com a reforma da Previdência cai para R$
800,2 bilhões nos próximos dez anos.
Com a derrota, o abono salarial continuará a ser pago aos
trabalhadores - com carteira assinada há pelo menos cinco anos - que
recebem até dois salários mínimos. A restrição do pagamento do abono
salarial geraria economia de R$ 76,2 bilhões ao governo nos próximos dez
anos, segundo o Ministério da Economia.
O governo precisava de 49 votos para derrubar o destaque apresentado
pelo Cidadania e manter a restrição ao abono salarial, que constava do
texto aprovado pela Câmara dos Deputados e pela Comissão de Constituição
e Justiça do Senado, mas teve sete votos a menos que o necessário. O
destaque obteve 42 votos sim (que manteria o texto da Câmara) e 30 votos
não (que retiraria o ponto da reforma), mas a maioria foi insuficiente
para manter a restrição.
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