Entregadores de aplicativo organizados em diversos grupos de WhatsApp programam uma nova paralisação para o dia 12 de julho.
Nesta sexta-feira (3), eles realizaram uma enquete para o novo
'Breque dos Apps', como foi chamado o primeiro movimento que reuniu
milhares de trabalhadores na quarta-feira (1º) em São Paulo e em outras
capitais do Brasil.
Vinte e seis mil entregadores responderam à enquete para decidir a nova data.
O pleito da categoria é tabela mínima de frete unificada a todos os
aplicativos (cada um tem uma forma de cobrança), auxílio constante
durante a pandemia de Covid-19 —com reposição de máscaras e álcool em
gel—, maior taxa por quilômetro rodado, fim dos bloqueios considerados
injustificados por plataformas e fim do esquema de pontuação, que
diminui a nota de quem recusa entregas, por exemplo.
Além disso, motoristas também têm demonstrado insatisfação com a
longa espera em restaurantes, o que os impede de fazer novas corridas.
A pandemia de coronavírus no Brasil alterou de forma significativa a
dinâmica de trabalho dos entregadores. Apesar do aumento da demanda
impulsionada pela classe média confinadada em casa, a mão de obra aos
aplicativos de entrega cresceu.
O iFood, por exemplo, diz ter recebido mais de 175 mil pedidos de
cadastro em março deste ano —um aumento expressivo ante os 85 mil de
fevereiro. Nem todos são aceitos. Atualmente, 170 mil entregadores estão
com cadastro ativo.
As empresas distribuíram as entregas e não alteraram as taxas, o que
deixou quem estava dependente desse serviço antes da pandemia com a
remuneração mais baixa: 59% passaram a ganhar menos em relação ao
período pré-coronavírus, mostra estudo da Remir (Rede de Estudos e
Monitoramento da Reforma Trabalhista), feito por universidades federais e
pelo MPT (Ministério Público do Trabalho).
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