Cerca de 50% dos estudantes que participaram da enquete do Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) votaram para o adiamento da prova para maio de
2021. O resultado da enquete foi divulgado nesta quarta-feira (1º),
durante a coletiva de imprensa do Ministério da Educação (MEC).
A alternativa mais votada foi para que as provas impressas ocorram em
2 e 9 de maio, enquanto as digitais sejam agendadas para o dia 16 e 23
de maio de 2021.
Dos mais de 5,7 milhões de estudantes, 1,1 milhão participaram da
discussão, ou seja, 19% dos que tiveram as inscrições confirmadas. As
outras opções de datas eram dezembro de 2020 (15%) e janeiro de 2021
(36%). Os estudantes puderam votar entre 20 e 30 de junho.
A partir deste resultado, os secretários estaduais de educação serão
ouvidos pelo MEC, assim como as universidades públicas e privadas.
"Acreditamos que conseguiremos definir a nova data em duas ou três
semanas", completou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes.
Lopes e o secretário-executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, afirmaram
que as inscrições não serão reabertas. O MEC, agora, irá se preparar
para fazer toda a estrutura sanitária para que os estudantes realizem as
provas.
Sobre o Enem Digital, o MEC afirmou que a prova continuará
acontecendo depois da presencial e terá o mesmo número de estudantes
cadastrados: 96 mil.
A pasta também informou que a edição de 2020 do Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes (Enade), voltado para alunos do Ensino
Superior, foi cancelada. A prova ocorrerá apenas em 2021, com data ainda
a ser divulgada.
O número dois do MEC também respondeu perguntas sobre a falta de um
ministro à frente da pasta. De acordo com Vogel, a rotina do MEC segue
funcionando normalmente. "Na falta de um ministro oficial, sou eu quem
fico como substituto. E a rotina interna segue igual. Não está sendo
afetada", concluiu.
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