O
Ministério Público Federal (MPF) ouviu, na tarde desta quinta-feira (2) o
ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz no Complexo Penitenciário de
Bangu, na Zona Oeste do Rio. O depoimento levou 2 horas e 30 minutos,
aproximadamente.
Os procuradores buscam detalhes do suposto vazamento da Operação
Furna da Onça para beneficiar Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
Segundo o promotor Eduardo Benones, coordenador do Núcleo de Controle
Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal, que ouviu o
ex-assessor, o depoimento de Queiroz reforça que houve vazamento na
operação.
O suposto vazamento foi denunciado pelo empresário Paulo Marinho, que
apoiou Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral para a Presidência
da República.
Queiroz está preso em Bangu desde 18 de junho. O depoimento desta
terça foi o segundo e Queiroz desde que ele foi preso em Atiabaia,
interior de São Paulo, na casa de Frederick Wassef, ex-advogado de
Flavio Bolsonaro.
Na última segunda-feira (29), Queiroz foi ouvido pela Polícia Federal
no Rio, no inquérito que também apura as denúncias de vazamento
da Operação Furna da Onça.
Nesse depoimento, Queiroz disse que não teve informações
privilegiadas de operações. Ele também contou aos investigadores que
pediu para ser exonerado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro,
contrariando a tese de que foi demitido por que o parlamentar soube da
operação de forma antecipada.
Fabrício Queiroz contou que seu desligamento do gabinete de Flávio
Bolsonaro, na (Alerj), aconteceu porque ele queria da saúde e estava
cansado de atuar como assessor político.
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