“A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada em 17 de agosto pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal”.
A mensagem, enviada nesta quarta-feira, 9, pela assessoria da empresa em Natal, depois de uma consulta do Agora RN, é mais um ingrediente de uma guerra de informações travada pela empresa e o sindicato da categoria desde o começo da paralisação.
O comando de greve afirma que a greve atinge todos os setores, mas a direção dos Correios sustenta que quem precisar dos serviços só não vai encontrar o de encomendas pelo Sedex com hora marcada – aquele que compromete entregar a correspondência em até 10 ou 12 horas.
Uma fonte dos Correios ouvida pela reportagem informou que levantamentos diários mostram que cerca de 80% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. E isso também vale para Natal, com eventuais exceções a uma ou outra agência que passe por uma desinfecção programada e testagem do pessoal, o que não leva mais de 48 horas.
Informa, ainda, que a empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. São medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões nos fins de semana e feriados estão sendo adotadas.
No Rio Grande do Norte são cerca de 120 agências e, segundo fonte oficial da empresa, todas funcionando normalmente, inclusive o SEDEX sem hora marcada e o PAC, o serviços de entrega econômica para o envio exclusivo de produtos.
Acrescenta a mesma fonte que a Coleta Programada continua sendo realizada, assim como a Logística Reversa, que permanece operando normalmente nas agências. O serviço de telegrama também continua sendo prestado, com um acréscimo de um dia ao prazo previsto de entrega.
Pior ocasião do início nacional da greve, o presidente do Sindicato dos Servidores dos Correios do RN (Sintect), Edilson Shampoo, avaliou que pelo menos 60% das 196 agências do Estado aderiram à paralisação.
A categoria reclama que o Governo Federal revogou um acordo coletivo de trabalho que tem validade até 2021. Segundo a federação nacional dos servidores, a Fentect, “foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”.
A greve acontece no momento em que aumentou a procura pelo serviço dos Correios, o que levou a uma demora maior para a entrega de encomendas.
A superintendência da estatal no Rio Grande do Norte diz que até julho, por conta da pandemia, houve um crescimento de 20% nas encomendas em comparação ao primeiro semestre do ano passado.
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