O presidente da Câmara Setorial do Arroz do Ministério da Agricultura, Daire Paiva Coutinho Neto acredita que o fato de o governo ter zerado a tarifa de importação de arroz para países de fora do Mercosul “não deve alterar muito os preços para o consumidor final”. Segundo Neto, medida não vai trazer nenhum benefício imediato. As informações são do Estadão.
“A safra norte-americana está atrasada e o arroz da Ásia não vai chegar aqui mais barato do que o nosso, já que os preços externos também estão altos”, disse Coutinho Neto, que é produtor de arroz em Camaquã (RS).
Assim, para ele, a isenção da Tarifa Externa Comum (TEC), que antes era de 12%, “não é tão significativa e não trará diferença muito grande ao preço arroz para o consumidor final”.
Na quarta-feira, 9, o Ministério da Economia confirmou que o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado até 31 de dezembro deste ano, em função das fortes altas de preço do produto para o consumidor e dos baixos estoques internos do cereal.
A isenção abrange uma cota de 400 mil toneladas e valerá para arroz com casca não parboilizado arroz semibranqueado ou branqueado, não parboilizado. Até essa decisão, a cota de importação de arroz para países de fora do Mercosul era de 12%.
Coutinho Neto disse que na semana passada a Câmara Setorial do Arroz já havia se decidido, por 16 votos a 6, contra a redução da tarifa de importação, “por todos esses motivos (acima)”. “Além disso, há o receio de que essa medida interfira nos preços do arroz para a próxima safra, que começa a ser plantada neste mês.” Ele se diz aliviado, entretanto, porque o governo definiu que a isenção tarifária será apenas até 31 de dezembro.
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