Na última sexta-feira (19), uma fotógrafa de João Pessoa, teve toda a reserva que juntava a anos na poupança roubada. Em entrevista ao ClickPB, Gabriela Valente, explicou que foi surpreendida com uma mensagem no seu celular dizendo que a transferência tinha sido um sucesso e que teria ido para outra conta sem a sua autorização.
Ela conta que ficou em choque e na mesma hora procurou uma delegacia para prestar um Boletim de Ocorrência. “Fiz o BO e na segunda-feira irei no banco para saber como irão proceder com esse caso que é absurdo. Levaram todo o meu dinheiro contido na poupança. Não sei como fizeram isso, pois não cliquei em link algum, quando vi recebi a mensagem da transferência do pix pelo celular. Quem tem Pix tenha cuidado”, relatou.
Gabriela disse ainda que não clicou em nada suspeito, nem acessa conteúdos duvidosos, já para evitar ser vítima desse tipo de crime, mas mesmo tomando todas as precauções foi vítima do golpe.
Em entrevista ao ClickPB, o especialista em segurança de dados, Humberto Júnior, explicou que os usuários podem estar tendo seus celulares clonados ou seus acessos ao banco hackeados. Segundo ele, o problema não está no aplicativo em si, mas na clonagem de dados que é feita pelos criminosos. “Por conta disso, e através dos aplicativos de banco eles estão efetuando as transferências. Portanto, o problema não está no PIX”, esclareceu.
O especialista ainda destaca que em casos como esse, a orientação é abrir um B.O, entrar imediatamente em contato com a instituição financeira onde aconteceu o problema e solicitar bloqueio de cartões e alteração de senhas para evitar que novos casos aconteçam.
Diversos golpes envolvendo a nova plataforma do Banco Central, o PIX, já foram divulgados desde que ela virou febre no país no final do ano passado. Um desses casos foi o “bug do Pix”, em que os golpistas publicam fotos e vídeos nas redes sociais mostrando uma suposta falha no Banco Central que devolveria em dobro do valor de transações aos emissores.
Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 70% das fraudes financeiras estão vinculadas à engenharia social que faz uma manobra psicológica em que estelionatários induzem pessoas a fornecerem informações pessoais em troca de algo.
Os criminosos estariam recorrendo ao Pix pela velocidade em que as transações são feitas. Antes do Pix, havia um tempo de processamento, quando as pessoas poderiam solicitar o cancelamento junto ao banco. Agora, o dinheiro entra na conta do destinatário em segundos, impedindo o bloqueio da operação e facilitando a retirada da quantia antes mesmo da vítima perceber que foi alvo de um golpe.
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