De longe, no escuro, só é possível identificar o claro dos olhos dos anfíbios, encontrados no sítio Caatinga Grande.
A saparia, como é chamado o coletivo de sapo, foi filmada e fotografada por Liberanilson Costa, que mora no município e visita com frequência familiares do sítio. Na gravação ele relacionou a aglomeração dos sapos com o trânsito.
“O trânsito está fechado, quem vier para a comunidade, pegue outro itinerário”, brinca ele, enquanto mostra os anfíbios.
Ainda segundo Liberanilson, os sapos costumam aparecer toda as noites. “Toda noite eles vêm para cá. Eu sempre filmo porque gosto das coisas da natureza”, diz.
Segundo o biólogo Willianilson Pessoa, que é especialista em anfíbios, cenas como essa são comuns no interior potiguar, ainda mais em períodos de poucas chuvas. De acordo com ele, os animais são da espécie popularmente conhecida como sapo-cururu.
“Os sapos precisam de água para a manutenção da sua biologia de vida e, nessa época de seca, os animais procuram uma fonte de água, mesmo que seja temporária. Nesse caso, é provável que todos os sapos da região do sítio detectaram essa água e foram para lá”, explica.
O biólogo explica ainda que, mesmo sendo água de pia de uma casa, os sapos não são prejudicados. Além disso, ressalta que eles não oferecem riscos para seres humanos e são importantes na contenção de pragas. “Não precisa ter medo, não precisa fazer nada, só deixar eles lá”.
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