O preço do botijão de 13kg do gás de cozinha, o Gás Liquefeito de
Petróleo (GLP), segue em escalada e no Rio Grande do Norte chegou aos R$
115 nesta semana. Este foi o maior preço registrado no estado pela
Agência Nacional do Petróleo (ANP), em levantamento que compreende o
período de 12 a 18 de setembro. O preço médio do produto no Estado está
em R$ 102,66. Contudo, se engana quem pensa que a situação é a pior do
País. O preço médio praticado pelas revendedoras potiguares é o 11º no
ranking nacional, ou seja, em dez estados, a situação é ainda pior.
A justificativa, segundo o presidente do Sindicato Nacional das
Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás/RN) para
a alta no preço, mesmo sem reajuste nas refinarias, está num aumento
que as distribuidoras repassaram às revendedoras que, por sua vez,
transferiram para o consumidor. “No dia 1º de setembro, as
distribuidoras aumentaram o repasse em torno de 7% que equivale no RN a
cerca de 7 a 10 reais. Nos informaram que seria referente ao dissídio
coletivo da categoria, que ocorre neste mês, além de outros custos
anuais de combustível, energia e matéria-prima. Por isso tivemos essa
majoração”, disse Francisco Correia.
Essa correção no preço, promovido pelas distribuidoras só ocorre uma vez por ano, segundo o Sindigás. Elas contabilizam uma alta de 50% no custo do combustível, além do aumento de energia e reajustes salariais. Os outros seis aumentos no preço do botijão nesse ano foram efetivados pela Petrobras nas refinarias.
Segundo o estudo semanal da ANP, no Rio Grande do Norte foram pesquisados 39 pontos de revendas de gás em Natal, Parnamirim e Mossoró, as três maiores cidades do estado. Parnamirim registrou o maior preço médio nesta semana ficando em R$ 105,69 e Mossoró ficou com o menor, R$ 100.
Porém, é em Natal onde se vende o botijão mais caro, chegando a R$ 115 num ponto de revenda da Avenida Nevaldo Rocha. O botijão mais barato da pesquisa no RN foi encontrado por R$ 90 na Cidade da Esperança e em Cidade Nova.
O pedreiro José Antônio de Lima, 53, observou a diferença de preços entre Natal e João Pessoa, na Paraíba, onde mora. “Vejo a diferença de preço daqui para lá em dois sentidos. Lá a gente compra mais barato e ainda tem prazo de até 30 dias para pagar. A gente encontra o botijão por menos de 90 lá. Aqui eu só vi de R$ 100 pra cima. É um absurdo porque a tendência é que aumente como vem ocorrendo todo mês e quem mais se prejudica são os mais pobres que estão passando fome com alta no preço de tudo”, declarou.
Nesta semana, o levantamento da ANP registrou que o menor preço do botijão de gás na Paraíba, onde Antônio mora, foi de R$ 87,99 e o maior chegou a R$ 110. O preço médio do gás de cozinha naquele estado é de R$ 99,52
No preço do botijão pago pelos consumidores nos pontos de revenda estão incluídos os custos e as margens de comercialização das distribuidoras e dos pontos de revenda. Isso varia em cada região, especialmente em relação ao frete.
No ranking nacional desta semana, o GLP mais barato está no Rio de Janeiro, que está com um preço médio de R$ 88,97 mas o botijão pode ser encontrado por até R$ 75,00. Já o maior preço médio ficou em Rondônia (R$ 114,43) onde a revenda chega a R$ 130.
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