No discurso, Bolsonaro também:
- se posicionou contra o chamado passaporte sanitário, que confere benefícios às pessoas que tenham se vacinado contra a Covid-19;
- afirmou que não há corrupção no governo;
- citou dados fora de contexto para dizer que o desmatamento na Amazônia diminuiu;
- disse que as manifestações de 7 de Setembro foram "as maiores da história", o que não corresponde à verdade ;
- disse que o desempenho econômico do Brasil neste ano é um dos melhores entre os países emergentes.
Primeiro chefe de Estado a discursar, Bolsonaro disse não entender por qual motivo "muitos países, juntamente com grande parte da mídia", se opõem ao tratamento precoce contra a doença.
"Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso 'off-label' [fora do que prevê a bula]. Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A história e a ciência saberão responsabilizar a todos", disse Bolsonaro.
O tratamento precoce, por meio do uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina, vem sendo defendido pelo presidente desde o ano passado. No entanto, estudos científicos já comprovaram a ineficácia desses remédios contra a Covid.
Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que a cloroquina não deve ser usada como forma de prevenção; a Associação Médica Brasileira (AMB) diz que o uso de cloroquina e outros remédios sem eficácia contra Covid deve ser banido; e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) diz que a cloroquina não tem efeito e deve ser abandonada.
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