O ministro atendeu a pedido da campanha de Bolsonaro e proibiu também que o mesmo trecho da entrevista seja utilizado pela campanha adversária nas propagandas gratuitas de TV e rádio. A decisão alcança as plataformas TikTok, Instagram, LinkedIn, YouTube e Facebook, Telegrama e Kwai. O conteúdo deve ser removido imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Moraes concordou com os argumentos da campanha de Bolsonaro, segundo os quais a fala do presidente foi gravemente retirada de contexto para associá-lo à pedofilia. "A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa”, escreveu Moraes.
A entrevista de Bolsonaro a um podcast foi realizada na última sexta-feira (14), quando ele narrou que, em visita à localidade de São Sebastião, no Distrito Federal (DF), em 2021, se deparou com adolescentes venezuelanas bem arrumadas, o que, para ele, demonstraria estarem submetidas à exploração sexual para “ganhar a vida”.
“Eu estava em Brasília, na comunidade de São
Sebastião, se eu não me engano, em um sábado, de moto. Parei a moto em
uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas. Três, quatro.
Bonitas. De 14, 15 anos. Arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade. E
vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. 'Posso entrar na
sua casa?' Entrei. Tinha umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se
arrumando, todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14,
15 anos, se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, contou
Bolsonaro no podcast.
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