Cessar-fogo
A Nigéria passava por uma guerra civil, em que a região de Biafra tentava conquistar a independência. O conflito colocou em lados opostos dois grupos étnicos do país: igbo e hausa, que dominavam o governo naquele momento.
Durante excursão do Santos pela África, o time paulista recebeu um convite para enfrentar um selecionado na Cidade de Benin, localizada estrategicamente entre a capital nigeriana, Lagos, e o estado de Biafra. Para acalmar o time paulista, houve a promessa de que haveria um cessar-fogo enquanto a delegação do Santos estivesse na região.
“Um dos meus grandes orgulhos foi ter parado uma guerra na Nigéria, em 1969, em uma das várias excursões que o Santos fez pelo mundo. Nós tínhamos um amistoso marcada na Cidade de Benin, que estava no meio de uma Guerra Civil. Só que o Santos era tão amado que as partes aceitaram um cessar-fogo no dia da partida. Ficou conhecido como o ‘Dia em que o Santos parou a guerra’”, contou Pelé, em post.
“Lembro bem que o empresário falou que alguns países que gostariam de nos ver jogando estavam em guerra. Mas ele conversou com as autoridades e fizeram uma trégua nos combates”, rememorou o ex-ponta-esquerda Edu, em entrevista ao jornal Gazeta Esportiva.
O jogo terminou 2 x 1 para o Santos, com gols de Edu e de Toninho Guerreiro. A guerra civil durou três anos, entre 1967 e 1970, e deixou cerca de 2 milhões de civis mortos.
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