Um australiano que simulou seu próprio sequestro para passar mais tempo com a amante, na véspera de Ano Novo, foi condenado a pagar o custo da operação policial para encontrá-lo.
Paul Iera compareceu ao Tribunal Local de Wollongong, em Nova Gales do Sul, na terça-feira (26), e foi informado que terá de pagar ao governo estadual US$ 10.000 (cerca de R$ 50.000) por 200 horas de trabalho policial depois que sua parceira denunciou o desaparecimento.
O comerciante, de 35 anos, foi encontrar a amante em 31 de dezembro, mas mentiu para sua esposa sobre o encontro com seu “homem das finanças”, informou o 9 News, afiliado da CNN.
Em um momento de desespero, a dupla enviou uma mensagem à companheira para ganhar tempo. Mas a mensagem deu errado – apesar do pedido de resgate um tanto quanto fácil de ser atendido.
“Obrigado por me enviar Paul, agora o pagamento é uma *****. Adeus. Vamos ficar com ele até de manhã, quando ele nos der sua bicicleta, chamamos isso de justo”, dizia a mensagem, de acordo com a 9 News.
A esposa de Paul relatou o assunto à polícia minutos antes da meia-noite, o que levou os policiais a investigarem o episódio.
O homem e sua amante foram interceptados na manhã seguinte numa barreira policial. Mesmo assim ele afirmou que tinha sido levado por um grupo de homens desconhecidos do Oriente Médio que mais tarde o libertaram.
Doze dias depois, porém, ele foi preso e acusado de falsa acusação com a intenção de submeter outra pessoa à investigação.
Paul também foi condenado a uma ordem de correção comunitária de três anos, mas foi poupado da pena de prisão por um crime que o magistrado Michael Ong chamou de “abominável”, de acordo com o 9 News.
Ong disse que o casal foi motivado pela razão menos convincente que ele já ouviu.
O advogado de Paul, Abbas Soukie, emitiu uma declaração em seu nome, dizendo que o seu cliente estava “satisfeito” por evitar a prisão.
“Desde que o crime foi cometido, o Sr. Iera fez um tremendo progresso em sua reabilitação, e o resultado de hoje reflete a tentativa do tribunal de promover essa reabilitação contínua”, diz o comunicado.
“O Sr. Iera continua a contar com o apoio da sua família e parceira e deseja seguir em frente com a sua vida como um membro produtivo da comunidade.”
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