O Federal Bureau of Investigation (FBI)
alertou as autoridades brasileiras, em 1º de novembro, que pessoas
suspeitas de ligação com o grupo islâmico Hezbollah planejavam cometer
atos terroristas no Brasil.
A Seção Judiciária Federal em Minas Gerais foi responsável por autorizar a prisão de dois suspeitos e o cumprimento de onze mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Trapiche, que a Polícia Federal deflagrou ontem quarta-feira (8). A seção é o primeiro órgão público a mencionar o Hezbollah. Até o momento, tanto a PF quanto o Ministério da Justiça e Segurança Pública têm evitado associar os alvos da operação policial ao grupo político e militar sediado no Líbano.
A Operação Trapiche é resultado de investigações que a Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da PF instaurou após o FBI encaminhar às autoridades brasileiras um memorando apontando o risco iminente.
Segundo a Justiça o documento que representantes diplomáticos dos Estados Unidos entregaram às autoridades brasileiras cita diversas pessoas, brasileiros natos ou naturalizados, cujas identidades não foram reveladas até o momento. O memorando também menciona a possibilidade dos investigados estarem planejando, no Brasil, atos terroristas em países vizinhos.
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