As buscas pelos fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN)
entraram, nesta terça-feira (20), no sétimo dia. Rogério Mendonça e
Deibson Nascimento escaparam da unidade na madrugada do dia 14 de
fevereiro. Foi a primeira fuga de um presídio de segurança máxima no
Brasil desde a criação do sistema, em 2006.
Nesta segunda-feira (19), o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, autorizou o uso da Força Nacional para ajudar nas buscas. Segundo o Ministério da Justiça, serão enviados 100 homens e 20 viaturas para a região.
As equipes vão se juntar aos mais de 500 agentes, entre policiais federais, rodoviários federais – incluindo equipes de elite – e policiais locais (militares e civis) que trabalham para recapturar a dupla.
O reforço nas buscas foi pedido pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, e acordado com a governadora do Rio Grande da Norte, Fátima Bezerra.
Entre as últimas informações sobre o possível paradeiro dos
fugitivos, estão as investigações que apontaram que o último sinal
obtido dos celulares que estavam sendo usados por eles foi no sábado
(17), em uma área rural, perto da divisa do Rio Grande do Norte com o
Ceará.
Os celulares foram roubados dos moradores de uma casa que foi invadida
pelos detentos na sexta-feira (16), última vez em que eles foram vistos,
na comunidade de Riacho Grande, a 3 quilômetros de distância da
penitenciária. Os aparelhos celulares silenciaram desde sábado e a
suspeita é de que as baterias tenham acabado.
Nesta segunda-feira, as forças de segurança intensificaram as buscas
pelos fugitivos na região de Baraúna, cidade na divisa com o Ceará, onde
o último sinal de celular foi obtido. As cidades de Baraúna e Mossoró
são ligadas pela RN-015, estrada onde fica a penitenciária.
A possibilidade de que os fugitivos estejam na região mudou a rotina da
comunidade Juremal, em Baraúna. Moradores e comerciantes relataram que
estão com medo e têm fechado as casas e os comércios mais cedo do que de
costume.
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