O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com o presidente chileno, Gabriel Boric, em visita de Estado oficial ao Chile nesta segunda-feira (5). Estão previstas assinaturas de, ao menos, 17 acordos bilaterais — o número pode variar a depender da conclusão de alguns documentos necessários. Embora não esteja prevista nenhuma discussão oficial a respeito do cenário político da Venezuela, a expectativa é que o assunto surja de maneira natural entre os dois presidentes nos encontros reservados.
A ida de Lula ao Chile ocorreria em maio, mas foi adiada por conta das enchentes no Rio Grande do Sul. As agendas do brasileiro devem ficar restritas à capital Santiago. Além de Boric, o petista deve se reunir com os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e da Corte Suprema chilenas, além do CEO da Latam, Roberto Alvo, e do secretário-executivo da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), José Manuel Salazar-Xirinachs. O brasileiro deve encontrar ainda a prefeita de Santiago, Irací Hassler, e o ex-presidente chileno Ricardo Lagos.
Lula também deve participar, ao lado de Boric, de um fórum com empresários brasileiros e chilenos. Os dois países mantêm relações bilaterais há 180 anos. Os acordos assinados durante a viagem incluem parcerias no turismo, comércio, economia, meio ambiente, direitos humanos, agricultura, energia, governo digital, justiça, segurança, ciência e tecnologia.
O governo brasileiro quer diversificar o comércio com o Chile — o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do país, com US$ 12,25 bilhões. Os principais produtos comprados pelos brasileiros do país vizinho são cobre, pescados e minérios. Os destaques das vendas do Brasil para o Chile são petróleo, automóveis e carne.
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