sexta-feira, maio 21, 2010
CRIANÇA DE 8 ANOS RESISTE A ATAQUE DE ANACONDA
Em Cosmorama, estado de São Paulo, uma criança de 8 anos sobreviveu milagrosamente ao ataque de uma anaconda com mais de 5 metros, com a ajuda do avô.
Mateus, a criança atacada, passeava à beira de um riacho na companhia de um cão, quando viu uma pedra ideal para atirar para o rio, para o cão ir atrás, mas quando se baixou, foi atacado no braço pela grande cobra. Apesar de se ter conseguido libertar um vez, a cobra voltou a morder a criança, desta vez no peito, e começou a enrolar o seu corpo em redor da criança, como sempre faz com as suas presas. Esta é a forma típica de atacar da anaconda: primeiro, espera a presa emboscada na água, depois ataca, enrolando-se em redor da vítima até que esta deixe de conseguir respirar e morra sufocada por constrição, e só então começa a engolir a presa, sempre pela cabeça.
Alertado pelo barulho e apelos de ajuda que vinham do local onde a cobra atacou a criança, o avô, Joaquim Pereira, de 66 anos, dirigiu-se ao local, onde tentou sem sucesso retirar a cobra que estava completamente enrolada no neto. A seguir, pensou em bater com pedras na cabeça da cobra até esta largar a criança, o que também não resultou. Só quando lhe trouxeram uma grande faca com a qual começou a atacar a cobra, é que Joaquim Pereira começou a notar algum sucesso nos seu esforços, embora com muita dificuldade, já que o animal era extremamente rijo e inicialmente a faca parecia não ser capaz de a cortar.
A luta para salvar o neto demorou meia hora, após o que a criança foi levada a uma clínica onde as feridas resultantes das dentadas da cobra foram suturadas. O seu estado de saúde é bom, e anímicamente está óptimo, já que acredita que, se voltar a ser atacado, o avô herói o volta a salvar.
A anaconda que atacou o menino pertence a uma espécie que já é rara nesta zona do país, a sua presença é mais comum em zonas não habitadas e florestas densas, embora possa ser encontrada em quase toda a América do Sul, da Venezuela até à Argentina. Este exemplar, com 35 quilos e mais de 5 metros de comprimento, pode ser já considerado um gigante, embora as grandes serpentes desta espécie possam atingir os 9 metros.
Os humanos, ao que se sabe, não costumam fazer parte da alimentação destes répteis gigantes, aliás, não existem até hoje provas de que alguma vez alguém tenha sido devorado por uma destas cobras. No entanto, o desaparecimento de algumas pessoas no Rio Orinoco, na Venezuela, tem tido como potenciais suspeitas as grandes anacondas que por ali abundam e que se diz serem os maiores exemplares desta espécie. Um dos alimentos preferidos destes animais são as capivaras, embora qualquer outro animal possa ser alvo destes gigantes, desde jacarés até vacas, basta estarem no local errado à hora errada.
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