Quer concorrer a um cargo de policia, bombeiros ou algum órgão de defesa nacional? Então, além de queimar os neurônios, você terá que suar a camisa. Isto porque estas instituições realizam, durante as etapas de seleção, o teste de aptidão física (TAF) que inclui corridas, provas de natação e até exercícios como barra e marinheiro. E, apesar de não ser levado a sério por vários concurseiros de plantão, o TAF reprova em torno de 40% dos candidatos, que geralmente só vão começar a treinar em cima do prazo estipulado para a realização dos testes e não conseguem chegar ao nível de aptidão física necessária para a execução dos exercícios.
"O correto seria o candidato começar a treinar desde a saída do edital, o que daria uns três ou quatro meses de condicionamento. Contudo, a maioria dos concurseiros se tranca em casa quando o programa das provas teóricas é divulgado e só após estas avaliações vão se preocupar em treinar para o teste físico. Aí, quem já não tiver uma rotina de malhação razoável, não consegue realizar as provas pedidas", afirmou a personal training Poliana Araújo, que há quatro anos treina candidatos para concursos da polícia na academia Plataforma. Segundo ela, vários grupos musculares diferentes são exigidos durante o TAF. "Os exercícios de barras utilizam a região dorsal, as costas, o peitoral e os antebraços. Já os abdominais trabalham todo o abdômen e a corrida exige velocidade e resistência", completou.
Ela disse ainda que antes de partir diretamente para o exercício, os concurseiros devem trabalhar previamente estes grupos musculares em academias. "Reproduzir o teste é importante, mas só na reta final. Antes, vamos trabalhar a força e a resistência dos músculos. Também é necessário realizar sempre um bom aquecimento e alongamento. Muitos candidatos perdem as provas por causa de lesões no treinamento", reforçou. Para evitar o transtorno, o ideal é ler com a atenção o edital e levar as especificações do exercício para um profissional da área, que indicará a maneira e a frequência correta de realização da atividade.
Outra dica da professora é que os concurseiros treinem as provas de corrida em horários variados. "Muita gente corre no início da manhã e à noite e vai fazer a prova de 12h. O desgaste físico neste horário é máximo e quem está no limite, acaba não conseguindo o mesmo resultado que tinha no treinamento". Foi o que fez o bombeiro Júlio Queiroz, de 32 anos. "Eu já tinha um bom condicionamento porque era sargento do Exército, então me prepare em cima do que os teste exigiam, ou seja, meu treinamento foi todo em simulados das provas. Treinei até na pista onde seria realizado meu TAF, para já estar adaptado no dia do exame". E Júlio dá um conselho: faça autoavaliações periódicas e tente atingir resultados melhores que os pedidos no edital. "Se o tempo da corrida é de 12 minutos, treine como se fosse nove. Quando você está seguro, executa melhor a prova".
Fonte: Diário de Pernambuco
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