sábado, janeiro 07, 2012

Mercado de Trabalho no RN exige qualificação para 2012.

Em recesso. Excluindo o turismo, que tem o mercado de trabalho bastante aquecido no início do ano, a economia potiguar historicamente registra um mês de redução na oferta de empregos e contratações. Com o período de férias recém-iniciado e as empresas se reorganizando para 2012, os estágios também são oferecidos e procurados em menor proporção. O ambiente se faz propício para a busca por qualificação, requisito em falta constante, e apontado como um desafio cultural das pessoas em procurar capacitação para estarem aptas a ocupar vagas.

Para o diretor regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do estado (Senac/RN), Helder Cavalcanti, é indiscutível o momento propício para conquistar espaço no mercado de trabalho, no entanto a sociedade tem de compreender que as oportunidades estão atreladas ao conhecimento. Na pirâmide profissional, a carência de qualificação vai do topo à base. "Hoje para ser balconista de farmácia em Ponta Negra é preciso saber inglês, assim como para ser balconista de supermercado é necessário ter conhecimentos de informática", exemplifica.

No Sistema Nacional de Emprego (Sine), experiência no mercado de trabalho e capacitação são os principais gargalos que separam os desempregados das contratações. A sub-coordenadora de Intermediação de Mão de Obra do Sine, Marjara Lopes, conta que as empresas não arriscam contratar pessoas sem passagem pelo setor em que a vaga é oferecida. Como o ano mal começou, ela ressalta que as vagas disponíveis no sistema ainda são as remanescentes e ainda não ocupadas no ano passado. A coordenadora do Sine/RN, Ana Maria Cavalcanti, espera ajudar a mudar a realidade com a elaboração de um programa de capacitação com cursos profissionalizantes para 2012.

Para os mais jovens, a entrada no mercado de trabalho pode ocorrer via estágio. Com a época de recesso tanto nas empresas quanto instituições de ensino, oferta e procura costumam ter baixa no início e fim de ano. A superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Roseane Albuquerque, revela que a demanda volta a crescer em fevereiro. De acordo com supervisora do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Vitória Fernandes, na abertura da temporada uma série de fatores coincide, com alguns estudantes se formando, outros encerrando contratos nas empresas, enquanto muita gente quer começar o ano estagiando.

As áreas de informática, engenharia, administração, contabilidade, comércio e serviços são os mais procurados no IEL e CIEE. A temporada deve aquecer a partir de fevereiro.

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