A Justiça do Rio expediu um mandado de prisão temporária contra um comerciante preso sob acusação de punir o próprio filho de 14 anos com uma sessão de tortura solicitada a um homem identificado como George Alves, o Anão, que seria um dos chefes do tráfico de drogas em Itaboraí, na região metropolitana do Estado. O crime ocorreu no dia 7 de março deste ano.
Segundo inquérito da 71ª Delegacia de Polícia (Itaboraí), o homem entrou em contato com Anão depois que o filho supostamente furtou algumas cervejas e outros itens do bar administrado pelo pai.
A intenção seria "dar uma lição" no jovem, que foi levado pelos criminosos para o chamado tribunal do tráfico. O "julgamento" ocorreu em um terreno abandonado. Lá, o filho do comerciante foi espancado durante cerca de duas horas e teve graves hematomas nas pernas e nos braços.
Além disso, o jovem de 14 anos foi ferido com um tiro na mão –fato comum nas favelas controladas por facções criminosas quando menores de idade são punidos por roubo.
O comerciante foi detido nesta semana após denúncia feita à 71ª DP, e ficará preso pelos próximos 30 dias --prazo da ordem de prisão temporária. Já o traficante Anão está sendo procurado. A decisão é do juiz da Vara Criminal de Itaboraí, Marcelo Alberto Chaves Villas.
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