Um pedreiro de 44 anos de idade foi detido em Campo Grande ontem quarta-feira (28) acusado de engravidar a filha, por meio de estupros, por três ocasiões. O delegado Elton de Campos Galindo, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), disse que a filha do pedreiro, hoje com 21 anos de idade, era estuprada desde os 13. Os ataques sexuais ocorreram, disse o delegado, de 2004 até 2009.
Já o pedreiro tem outra versão. Segundo ele, sua mulher punha a garota de 13 anos de idade para dormir entre o casal, na cama, e, daí, ele teria se “confundido”. A garota sustentou em depoimentos que nas primeiras vezes que foi violentada tentou se livrar do pai, mas levou surras pelas recusas.
O caso foi descoberto graças a um depoimento dado pela vítima a uma psicóloga do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A mãe da garota, que seria alcoólatra, sabia dos casos, mas temia denunciá-los por medo do marido, segundo o delegado.
Os filhos-netos do pedreiro, já confirmados por exames de DNA, têm, hoje, seis, cino e três anos de idade. As duas primeiras crianças, disse o policial, nasceram com problemas mentais, já que é maior o risco de filhos de relações entre parentes nascerem com anomalias genéticas.
O pedreiro foi preso no trabalho. Antes, ele havia sido notificado judicialmente para comparecer à audiência, mas desprezou o chamado. Segundo a polícia, o acusado confessou ter engravidado a filha, a mais velha de cinco filhos e a única violentada por ele.
Pais desconhecidos.
Aos parentes e amigos ela dizia que os filhos eram de “pais desconhecidos”. O delegado disse ainda que pedreiro, além desse crime, já havia sido denunciado por lesão corporal, perturbação e maus tratos.
Por engravidar a filha, o pedreiro pode ser condenado a 15 anos de prisão. Após ser mostrado à imprensa local, o acusado seria levado para o presídio de Campo Grande, ainda na noite de quarta-feira. A vítima já não mora com os pais.
Até a noite de ontem, o pedreiro ainda não era defendido por advogado. Ele nada disse diante da imprensa.
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