O Conselho de Administração da Petrobras
reúne-se nesta sexta-feira para discutir o reajuste dos combustíveis no
Brasil e o descolamento entre os preços cobrados pela estatal dos
motoristas brasileiros e o valor pago pela empresa para importar o
combustível. Reunião desta sexta-feira deve definir novo reajuste nos
preços.
O tema divide a equipe econômica e a
direção da Petrobras, por isso será arbitrado pela presidente Dilma
Rousseff, que dirigia o conselho da estatal no governo de Luiz Inácio
Lula da Silva. Até o início da noite de quinta-feira, no entanto, não
havia indicação de que Dilma apoiaria o pedido da estatal por um novo
mecanismo automático de aumento dos combustíveis.
Causou irritação no Palácio do Planalto e
no Ministério da Fazenda a opção da presidente da Petrobras, Graças
Foster, de informar a investidores que a estatal vinha brigando por uma
fórmula que assegurasse reajustes periódicos. O mercado vem punindo a
estatal pela falta de clareza na política de preços e as ações chegaram a
cair mais de 6% esta semana. Quando anunciou que estudava um novo
mecanismo, as ações subiram 9,83%.
Ao arbitrar a questão, Dilma terá do
outro lado da balança a visão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que
teme o impacto de reajustes nos índices de inflação. O chefe da equipe
econômica de Dilma aposta no controle estatal de preços como estratégia
aliada a aumentos de juros pelo Banco Central. E a inflação promete
continuar em patamar elevado no ano que vem, como aposta a ampla maioria
do mercado consultado semanalmente pelo BC.
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