O preço da gasolina deve ficar R$ 0,05 mais cara para o consumidor com o reajuste nas refinarias (William Whitehurst/Corbis)
Desde a meia-noite deste sábado, 30, o
consumidor começa a pagar cerca de 0,05 de real a mais por litro de
gasolina em todo o país. Isso significa que, para encher o tanque do
veículo, o preço médio passará de 2,838 reais para 2,895 reais por
litro. O aumento é reflexo do reajuste anunciado pela Petrobras nessa
sexta-feira de 4% para a gasolina e de 8% para o óleo diesel nas
refinarias. Mas, segundo cálculo de economistas e entidades de classe,
o repasse para as bombas deve ser de aproximadamente 2%.
A pesquisa da Agência Nacional de
Petróleo (ANP) entre 3 e 9 de novembro em 8.648 pontos de venda de todo o
Brasil mostrava que a gasolina mais cara era vendida no estado do Acre,
a 3,257 reais. A mais barata estava em São Paulo, a 2,711 reais. Com o
repasse de 2% das refinarias para os postos de combustível, a gasolina
nesses estados deverá custar 3,322 reais e 2,765 reais, respectivamente.
Se apenas cinco estados – Acre,
Rondônia, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Roraima – entre os 26 e o
Distrito Federal vendiam gasolina acima dos 3 reais (em média) no último
levantamento da ANP, a partir desse repasse mais cinco estados terão
que pagar mais de 3 reais por litro: Mato Grosso, Rio de Janeiro,
Amazonas, Pará e a capital federal.
A Petrobras informou que tem a intenção
de realizar “em prazo compatível” a convergência dos preços no Brasil
com o mercado internacional, sem repassar a volatilidade do setor ao
mercado doméstico. O reajuste nas refinarias veio abaixo das
expectativas do mercado, que apontava para uma alta entre 5% e 6% para a
gasolina e 10% para o óleo diesel. O último reajuste de preços ocorreu
em março, quando o diesel subiu 5% nas refinarias. Em janeiro, a
Petrobras já havia aumentado o diesel em 5,4% e a gasolina, em 6,6%.
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