O PSDB do senador Aécio Neves pediu ontem terça-feira, 26, a demissão do ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, e acusou o PT de comandar uma operação “aloprada” envolvendo
denúncias do cartel de trens para atingir políticos tucanos e tentar,
com isso, abafar as prisões do mensalão. Ato contínuo, Cardozo negou
motivações políticas nas investigações do escândalo que recai sobre os
adversários e afirmou que o País não vive mais a “época do engavetador”.
A polêmica se instalou após o Estado revelar,
na quinta-feira passada, o conteúdo de um relatório escrito pelo
ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer. No texto, o ex-executivo diz
ter provas de caixa 2 do PSDB e do DEM e cita propina ao chefe da Casa
Civil do governador tucano Geraldo Alckmin, Edson Aparecido.
Segundo Rheinheimer, outros políticos,
como o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), são
próximos do lobista Arthur Teixeira, suspeito de intermediar propinas do
cartel. Ainda na semana passada, Cardozo disse que foi ele quem
encaminhou as denúncias aos federais após recebê-las do petista Simão
Pedro, que há anos ajuda na investigação do cartel.
Reunidos em Brasília, os tucanos,
incluindo os citados no relatório pelo ex-diretor da Siemens, chamaram,
nesta terça, o ministro de “aloprado”, “manipulador”, “irresponsável”,
“farsante”, “indigno”. “Acho que ele (Cardozo) perdeu as condições de
ser o coordenador dessas investigações como ministro da Justiça, pelo
açodamento e omissão nesse processo”, disse Aécio. “O PT faz um mal
enorme para a democracia, ao fazer do poder sua razão de existir.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário