Tentando fugir das agressões físicas do ex-marido e também na
tentativa de salvar a filha da violência sexual cometida pelo próprio
pai, Karla Janine Albuquerque, 41 anos, foi presa na última quinta-feira
como fugitiva e sob acusação de sequestrar a menina Sofia Albuquerque, 6
anos. Após procurar a Justiça norte-americana apresentando provas
contra o marido, Patrick Joseph Galvin, 53 anos, e ter o processo
arquivado, a pernambucana decidiu deixar a Flórida, nos Estados Unidos,
para tentar construir uma vida nova no estado do Texas, com a filha. E,
por quase dois anos, conseguiu. Karla e a garota Amy encontraram, na
cidade de Brownsville, auxílio, amizade e apoio de autoridades que,
cientes da situação, deram guarida às duas. A mãe estava empregada e a
filha estudando em uma escola renomada da cidade, além de contar com
acompanhamento psicológico. Hoje, a história é outra. Karla Janine está
presa e Amy sob guarda da Justiça texana, no DCF, departamento similar
ao Conselho Tutelar no Brasil. A prisão na qual a brasileira se encontra
é desconhecida até pelos parentes.
Em
entrevista ao Diario de Pernambuco, Isabelle Figueirôa, prima de Karla,
informou que já entrou em contato com o Itamaraty – Ministério das
Relações Exteriores. O órgão afirmou que irá enviar um comunicado ao
consulado em Houston, no Texas, procurando saber onde Karla está presa e
como anda a situação de Amy.
Ainda segundo
Isabelle, Patrick Galvin, pai da criança, nunca permitiu que a filha
tivesse nacionalidade brasileira. Apesar das tentativas da mãe e da tia
de Amy, o norte-americano jamais forneceu os documentos necessários. Uma
campanha na internet foi criada pela irmã de Karla, Karine Santos, na
tentativa de arrecadar dinheiro para contratar um advogado para
representar Karla no tribunal. Atualmente, Karine – que também reside
nos EUA – tenta ir para o Texas para acompanhar a situação de perto.
Após
buscar o nome do marido na internet, Karla descobriu que Patrick já
havia respondido a processo por abuso sexual contra uma enteada. Pela
justiça norte-americana, ele é um “sex offender”, que é definido como
alguém que comete ou estimula atos sexuais em ou na presença de menores
de 16 anos. A primeira audiência do caso será amanhã
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