quarta-feira, janeiro 22, 2014

Pernambucana é presa nos EUA acusada de sequestrar a filha.

Tentando fugir das agressões físicas do ex-marido e também na tentativa de salvar a filha da violência sexual cometida pelo próprio pai, Karla Janine Albuquerque, 41 anos, foi presa na última quinta-feira como fugitiva e sob acusação de sequestrar a menina Sofia Albuquerque, 6 anos. Após procurar a Justiça norte-americana apresentando provas contra o marido, Patrick Joseph Galvin, 53 anos, e ter o processo arquivado, a pernambucana decidiu deixar a Flórida, nos Estados Unidos, para tentar construir uma vida nova no estado do Texas, com a filha. E, por quase dois anos, conseguiu. Karla e a garota Amy encontraram, na cidade de Brownsville, auxílio, amizade e apoio de autoridades que, cientes da situação, deram guarida às duas. A mãe estava empregada e a filha estudando em uma escola renomada da cidade, além de contar com acompanhamento psicológico. Hoje, a história é outra. Karla Janine está presa e Amy sob guarda da Justiça texana, no DCF, departamento similar ao Conselho Tutelar no Brasil. A prisão na qual a brasileira se encontra é desconhecida até pelos parentes.

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, Isabelle Figueirôa, prima de Karla, informou que já entrou em contato com o Itamaraty – Ministério das Relações Exteriores. O órgão afirmou que irá enviar um comunicado ao consulado em Houston, no Texas, procurando saber onde Karla está presa e como anda a situação de Amy. 

Ainda segundo Isabelle, Patrick Galvin, pai da criança, nunca permitiu que a filha tivesse nacionalidade brasileira. Apesar das tentativas da mãe e da tia de Amy, o norte-americano jamais forneceu os documentos necessários. Uma campanha na internet foi criada pela irmã de Karla, Karine Santos, na tentativa de arrecadar dinheiro para contratar um advogado para representar Karla no tribunal. Atualmente, Karine – que também reside nos EUA – tenta ir para o Texas para acompanhar a situação de perto.

Após buscar o nome do marido na internet, Karla descobriu que Patrick já havia respondido a processo por abuso sexual contra uma enteada. Pela justiça norte-americana, ele é um “sex offender”, que é definido como alguém que comete ou estimula atos sexuais em ou na presença de menores de 16 anos. A primeira audiência do caso será amanhã

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