Apesar de o número de abordagens da Lei Seca ter aumentado de 2012 para
2013, a proporção de motoristas que foram multados por embriaguez
diminuiu no ano passado no estado do Rio de Janeiro,
segundo dados da Secretaria de Estado de Governo (Segov) do Rio. Esta é
a primeira vez que o número de condutores autuados no estado cai desde
2009, quando começaram as operações.
Das 363,4 mil pessoas abordadas nas operações de blitz de 2013 no
Rio, 22,4 mil sofreram sanções administrativas em decorrência da Lei
Seca – o que representa 6,2% do total. Já em 2012, o percentual foi de
9,3%: 32,7 mil autuações entre 351,4 mil motoristas.
Desde o início de 2013, a Lei Seca ficou mais rígida. Foi estabelecida a
tolerância de 0,05 mg de álcool por litro de sangue, o que equivale a
menos de um copo de cerveja. No ano passado, os policiais aplicaram
317,6 mil testes de bafômetro no Rio.
Para Paulo Cezar Ribeiro, professor de engenharia de transporte da
Coppe-UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa
em Engenharia, da Universidade Federal de Rio de Janeiro), embora a
"rigidez da lei esteja adequada, é preciso uma fiscalização maior".
"Em função do valor da multa, a coibição é maior. Mas acho que a
rigidez é adequada. Aumentando a fiscalização, é possível fazer com que a
Lei Seca seja cada vez mais respeitada. Não há necessidade de torná-la
mais rigorosa. As pessoas estão evitando dirigir. No meu círculo de
amizades, por exemplo, vejo todo mundo usando táxi. As pessoas estão se
adaptando a esses novos costumes", diz Ribeiro.
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