O Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto de lei que proíbe
pais e responsáveis legais de baterem em crianças e adolescentes.
Chamada informalmente de Lei da Palmada, depois rebatizada como Lei Menino Bernardo,
a proposta estabelece que os pais que agredirem fisicamente os filhos
sejam encaminhados a cursos de orientação e a tratamento psicológico ou
psiquiátrico, além de receberem advertência.
Com a aprovação no Senado, a matéria cumpriu a etapa de tramitação no Congresso e agora seguirá agora para sanção presidencial.
O projeto não impõe punição criminal para quem cometer agressão física
contra menores de 18 anos. Também não especifica que tipo de advertência
pode ser aplicada aos responsáveis. Fica definido, no entanto, que cabe
ao Conselho Tutelar receber denúncias e estabelecer punição com multa
de 3 a 20 salários aos profissionais do poder público, como professores e
médicos, que tiverem conhecimento de casos de agressão e se omitirem.
As crianças e os adolescentes agredidos, segundo a proposta, passam a
ser encaminhados para atendimento especializado. O texto altera o
Estatuto da Criança e do Adolescente para incluir trecho que estabelece
que os menores de 18 anos devem ser "educados e cuidados sem o uso de
castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante" como formas de
correção ou disciplina.
Xuxa no Senado
A sessão desta quarta foi acompanhada pela apresentadora da TV Globo Xuxa Meneghel, que chegou ao Senado nesta tarde ao lado presidente do Senado, Renan Calheiros. Xuxa assistiu à votação de cima da tribuna do plenário, sentada entre Renan e a ministra da Cultura, Marta Suplicy. A apresentadora já havia ido à Câmara no dia em que o projeto foi aprovado pelos deputados federais.
A sessão desta quarta foi acompanhada pela apresentadora da TV Globo Xuxa Meneghel, que chegou ao Senado nesta tarde ao lado presidente do Senado, Renan Calheiros. Xuxa assistiu à votação de cima da tribuna do plenário, sentada entre Renan e a ministra da Cultura, Marta Suplicy. A apresentadora já havia ido à Câmara no dia em que o projeto foi aprovado pelos deputados federais.
“Essa lei é só para impedir que [pais] usem a violência, só isso. Pode
educar de qualquer maneira, mas sem o uso da violência. Mas ninguém vai
prender ninguém. Se eu der uma palmada, eu vou ser presa? Não, de
maneira nenhuma. [A ideia] é apenas para mostrar que as pessoas podem
ensinar e educar sem usar a violência”, declarou.
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