O fato de a caixa do gravador de voz do Cessna, onde viajava o
presidenciável Eduardo Campos, não ter registrado nada do último dia 13,
quando ocorreu a tragédia, causou estranheza a alguns pilotos
experientes. O professor de Ciências Aeronáuticas da PUC do Rio Grande
do Sul Elones Fernando Ribeiro explicou que são raros os casos de
gravadores pararem de funcionar.
Apesar de o CVR (Cockpit Voice
Recorder) da aeronave PR-AFA não ser um item de segurança, o comandante
da aeronave não pode fazer o voo quando o equipamento não funciona.
—
Se o CVR estava com defeito, o avião não podia ter decolado. A aeronave
voou sem estar em conformidade com o regulamento. A fita de gravação é
contínua e registra as últimas conversas de dentro da cabine de voo por
uma média de duas horas, justamente para auxiliar nas investigações em
caso de acidente. Se o avião fosse de uma empresa aérea convencional não
teria decolado — disse o especialista.
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