A epidemia do vírus ebola que atinge a
África Ocidental está se alastrando e a situação se deteriora mais
rapidamente do que a capacidade de resposta, advertiu nesta sexta-feira
(15) uma responsável da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). Joanne
Liu, diretora da MSF, falou após uma visita de dez dias à região.
“Estamos perante uma total falência das
infraestruturas”, disse Liu, considerando que, se a situação não for
estabilizada na Libéria, nunca se estabilizará a região. “Trata-se
apenas da ponta do icebergue”, advertiu a responsável da organização não
governamental de prestação de cuidados médicos a pessoas contaminadas.
A MSF está presente nos três países mais
afetados: Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa. A ONG tem na região 692
pessoas, incluindo 72 estrangeiros.
A doença, que se transmite por contacto
direto com o sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infetados,
causa graves hemorragias e pode atingir uma taxa de mortalidade de 90%.
Esta é a primeira vez que se identifica uma epidemia de ebola na África
Ocidental.
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