quarta-feira, janeiro 28, 2015

70 ANOS APÓS O HOLOCAUSTO.

(Foto reprodução/Google)

O ruído dos coturnos avançando ritmicamente pelas pequenas ruas do Gueto de Cracóvia, Polônia, ainda repercute nos ouvidos de Julio Gartner mesmo 73 anos após cerca de 15 mil judeus terem sido retirados do local pelas tropas nazistas e terem sido levados de maneira arbitrária a campos de concentração, inclusive a Plaszow – o primeiro dos cinco que Gartner viveria durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945).

“Durante muitos anos, quando eu fechava os olhos para dormir, vinham aquelas imagens na minha mente: correria, choro de crianças, o ruído dos soldados matando os moradores e invadindo os apartamentos. Às vezes ainda tenho pesadelos com isso”, diz Gartner.

O judeu conta que levou uma vida normal junto aos pais e ao irmão por algum tempo depois de a Polônia ter sido conquistada pelas tropas de Adolf Hitler (1889—1945). Mas ao notar os perigos que as tropas representavam para o país, a família optou por ajudar o irmão do judeu a fugir para a União Soviética enquanto Gartner decidiu ficar com os pais e os 3 mil habitantes que ocupavam o distrito composto por 30 ruas e 320 construções residenciais.

Há cerca de 260 km dali, na cidade polonesa de Lodz, Henry Nekrycz, também conhecido pelo pseudônimo de Ben Abraham, viu seu mundo desmoronar quando os soldados nazistas invadiram o gueto onde morava “do dia para a noite”, como ele mesmo resume, em 1944. À época, o jovem de 19 anos morava com a mãe, Ida Nekryczque, que nunca mais foi vista após após ter sido enviada ao campo de concentração de Auschwitz.

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