Com preguiça de fazer o dever de casa, a americana Lizzie Velasquez
resolveu assistir a clipes de músicas on-line. Encontrou um vídeo que se
chamava "A mulher mais feia do mundo" e clicou. Não esperava que o
vídeo fosse sobre ela. Essa história aconteceu quando ela tinha 17 anos.
O vídeo, de oito segundos, já havia sido assistido 4 milhões de vezes.
Agora, nove anos depois, Velasquez é uma ativista anti-bullying e
protagoniza um documentário que estreou nos Estados Unidos no sábado.
"Fiquei chocada" com o vídeo, conta Velasquez. "Mas foi quando comecei a
ler os comentários que meu estômago realmente virou."
"Por que os pais ficaram com ela?!" dizia um dos internautas; "Matem
isso com fogo", disse outro. E assim por diante. Alguns disseram que ela
deveria se matar, e um deles disse que as pessoas ficariam cegas se a
vissem nas ruas. Velasquez não resistiu e leu todos os comentários -
eram milhares.
"Eu chorei por muitas noites - era adolescente, pensei que a minha vida
tinha acabado", diz ela. "Eu não conseguia falar com ninguém sobre
isso, não contei a nenhum dos meus amigos. Estava tão chocada com o fato
de que isso tinha acontecido."
Velasquez já estava acostumada a sofrer bullying diariamente devido a
sua aparência. Nascida com duas condições raras - síndrome de Marfan e
lipodistrofia - ela é incapaz de ganhar peso, não importa o quanto coma.
Ela lembra que, quando entrou no jardim de infância, as crianças
costumavam a se afastar dela, com medo.
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