quarta-feira, março 18, 2015

Mulher chamada de 'mais feia do mundo' fala sobre bullying em filme.

Com preguiça de fazer o dever de casa, a americana Lizzie Velasquez resolveu assistir a clipes de músicas on-line. Encontrou um vídeo que se chamava "A mulher mais feia do mundo" e clicou. Não esperava que o vídeo fosse sobre ela. Essa história aconteceu quando ela tinha 17 anos. O vídeo, de oito segundos, já havia sido assistido 4 milhões de vezes.

Agora, nove anos depois, Velasquez é uma ativista anti-bullying e protagoniza um documentário que estreou nos Estados Unidos no sábado. "Fiquei chocada" com o vídeo, conta Velasquez. "Mas foi quando comecei a ler os comentários que meu estômago realmente virou."

"Por que os pais ficaram com ela?!" dizia um dos internautas; "Matem isso com fogo", disse outro. E assim por diante. Alguns disseram que ela deveria se matar, e um deles disse que as pessoas ficariam cegas se a vissem nas ruas. Velasquez não resistiu e leu todos os comentários - eram milhares.

"Eu chorei por muitas noites - era adolescente, pensei que a minha vida tinha acabado", diz ela. "Eu não conseguia falar com ninguém sobre isso, não contei a nenhum dos meus amigos. Estava tão chocada com o fato de que isso tinha acontecido."

Velasquez já estava acostumada a sofrer bullying diariamente devido a sua aparência. Nascida com duas condições raras - síndrome de Marfan e lipodistrofia - ela é incapaz de ganhar peso, não importa o quanto coma. Ela lembra que, quando entrou no jardim de infância, as crianças costumavam a se afastar dela, com medo.

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