“Não negociamos com bandido”. Este foi o recado dado pela titular da
Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed),
delegada Kalina Leite, numa resposta indireta aos pedidos de retirada da
direção do presídio de Alcaçuz que provocou uma crise no sistema
prisional do Estadso, nesta segunda-feira (16).
No mesmo dia, coincidentemente, a capital potiguar foi surpreendida
com uma onda de violência urbana, com assaltos e ônibus incendiados. A
secretária disse ao portalnoar.com que ainda não se pode confirmar a
relação entre os fatos, apesar das rebeliões terem ocorrido também em
outras unidades prisionais de Natal.
“Não existem dados muito concretos. O Gabinete está monitorando da
cidade. Pedimos que as pessoas tenham cuidado com as informações e os
boatos. Separar o joio do trigo. Confirmação dos incêndios e três
prisões relacionados aos incidentes de hoje”, disse.
Sobre a situação em Alcaçuz, ela citou que o Estado receberá o
reforço da Força Nacional e a possibilidade de transferir algum preso,
sem confirmar relação com os fatos ocorridos na cidade à noite.
“É uma crise que vinha se arrastando e que poderia ter estourado
desde outubro passado. O Governo vinha adotando as medidas necessárias,
assim como tomou ao decretar o estado de calamidade e convocação da
Força Nacional. Com esse decreto, conseguir não apenas aporte
financeiro, mas de alguma maneira minimizar o déficit de 4 mil vagas nos
sistema prisional”, relatou.
Outra medida emergencial anunciada nesta noite é o reforço do
policiamento ostensivo, com maior número de policiais nas ruas. E a
partir da terça-feira (17), dois helicópteros farão o monitoramento
aéreo da cidade.
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