quinta-feira, março 19, 2015

PRÓTESES DE SILICONE NOS SEIOS SÃO ASSOCIADAS A TIPO RARO DE CÂNCER.


prótese de silicone
Os oncologistas franceses estimam que o risco desse linfoma nas mulheres com implantes mamários é 200 vezes maior do que na população feminina em geral(Thinkstock/VEJA)
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer da França alerta para um novo tipo de câncer, o linfoma anaplásico de grandes células associado a um implante mamário (LAGC-AIM). De acordo com os especialistas, existe uma clara relação entre este tumor e as próteses de silicone nos seios, pois ele não foi diagnosticado em nenhuma mulher que não tivesse implantes.

Embora a frequência deste tumor ainda seja muito baixa – desde 2011, dezoito mulheres foram diagnosticadas com esse tipo de câncer na França -, o que preocupa os oncologistas é a velocidade da progressão. O total de novos casos passou de dois em 2012 para onze no ano passado.

Os oncologistas franceses estimam que o risco desse linfoma nas mulheres com implantes mamários é 200 vezes maior do que na população feminina em geral. Diante desta constatação, os pesquisadores propõem que esse tipo de câncer seja incluído na classificação de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). O governo francês estuda a proibição de novos implantes no país.

A ministra da Saúde da França, Marisol Touraine, declarou que, apesar dos resultados, as mulheres com implantes nos seios não precisam retirá-los e nem ficar excessivamente preocupadas. Além de ser raro, o prognóstico do tumor é bom em termos de sobrevivência.

Benoît Vallet, diretor-geral da Saúde na França, reforça a importância das mulheres que possuem próteses realizarem exames periódicos e ressalta que os profissionais de saúde devem se manter vigilantes diante desse risco.

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