Quando o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ganhou a eleição para a
presidência da Câmara, no início de fevereiro de 2015, o pastor Silas
Malafaia comemorou via Twitter: “Parabéns ao novo presidente da Câmara,
deputado evangélico Eduardo Cunha, uma vitória espetacular. Humilhou o
governo e o PT. Vão ter que nos aturar”.
Na última quinta-feira (20), porém, após a denúncia da PGR
(Procuradoria-geral da República) de corrupção e lavagem de dinheiro do
presidente da Câmara, Malafaia parece que mudou radicalmente de opinião.
Escreveu em seu perfil no Twitter: “Para que ninguém tenha dúvida.
Nunca apoiei Cunha para deputado, o deputado que apoio no RJ é Sóstenes
Cavalcante [PSD]. Não suporto ver esse jogo sujo”.
A ligação entre Cunha e o pastor é a Assembleia de Deus. Malafaia é um dos líderes da igreja e o presidente da Câmara frequenta os cultos em Madureira, no Rio. Segundo a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (20) pelo procurador-geral Rodrigo Janot, Cunha usou a Assembleia para receber R$ 250 mil dos US$ 5 milhões de propina pagos pelo consultor Júlio Camargo da Toyo Setal por contratos do estaleiro Samsung Heavy Industries para a construção de navios-sondas.
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