O presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou mais três pedidos de impeachment
protocolados por cidadãos contra a presidente da República, Dilma
Rousseff. Ainda faltam dez pedidos para serem analisados, entre os quais
o mais robusto deles, o assinado pelos juristas Hélio Bicudo,
ex-petista, e Miguel Reale Júnior. Nos bastidores, o peemedebista
combinou com partidos de oposição que também vai arquivar o pedido de
impeachment redigido por Bicudo e Reale Jr., mas nesse caso os
oposicionistas vão recorrer da decisão e dar continuidade ao processo
que pode culminar com o afastamento de Dilma.
Um dos pedidos arquivados é o formulado
pelo advogado Marcelo Pereira Lino. Ele afirma que a Petrobras foi
“sistematicamente surripiada por ex-funcionários e agentes políticos
que, em verdadeira associação criminosa, dela desviaram quantia
exuberante”. O autor diz que, a Dilma, na condição de presidente, “não
poderiam passar despercebidos os atos de corrupção na estatal e diversos
pagamentos de propinas para a celebração de contratos vultuosos, mesmo
porque ela detinha e detém a prerrogativa de escolha do presidente da
estatal, a ela subordinado”. Lino argumenta ainda Dilma contribuiu para
que dinheiro da corrupção fosse desviado para sua campanha à reeleição.
Para o presidente da Câmara, porém, “o denunciante não demonstrou
minimamente a existência de indícios suficientes de autoria e
materialidade dos crimes de responsabilidade atribuídos à denunciada”.
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