A um ano da Paralimpíada de 2016, o Rio de Janeiro tem desafios para
tornar a cidade acessível aos 4.350 atletas com deficiência, de 178
países, que virão competir, aos turistas e aos cariocas. Entre os
principais problemas, estão a ausência de quartos adaptados em hotéis
três estrelas, que são mais baratos, a dificuldade na mobilidade urbana,
a baixa acessibilidade em cartões-postais, como o Cristo Redentor, e
nas praias da cidade, como Copacabana.
Uma barreira que pode prejudicar a abertura da Olimpíada e da
Paralimpíada é o acesso ao Estádio Jornalista Mário Filho/Maracanã. O
local será palco das cerimônias de abertura e encerramento, mas precisa
facilitar a entrada e saída de pessoas. A rampa que liga o metrô ao
estádio tem uma inclinação acentuada, o que a torna arriscada para
cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade. O problema foi identificado
na Copa do Mundo de 2014, quando uma passagem provisória foi instalada,
mas para o ano que vem não há nada confirmado.
“O cadeirante, sozinho, não consegue subir nem descer a rampa no
Maracanã”, disse Leonardo Tavares Martins, cadeirante, que esteve no
estádio durante os jogos do Mundial. “Descer ainda é mais fácil, mas
para subir, precisa de ajuda, mesmo no meu caso, que me julgo safo”,
explicou Leonardo, habituado ao local. Em 2014, além dos jogos no
Maracanã, ele viajou a Fortaleza para ver partidas da Copa. No ano que
vem, ele pretende prestigiar os atletas que virão para as competições.
Para as competições paralímpicas, todas as instalações são adaptadas,
conforme recomendação das organizações internacionais, explica Tânia,
que esteve em três Paralimpíadas e nos Jogos Parapan-Americanos de
Toronto, na qual o Brasil obteve recorde de medalhas.
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