Aprovada na quarta (2) no Senado, a proposta que restringe a
contratação de institutos de pesquisa por órgãos de imprensa retira o
direito do eleitor de ter informação sobre a disputa eleitoral. A
opinião é da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e de institutos de
pesquisa.
A medida faz parte da proposta de reforma política do Senado. A
redação final do projeto foi aprovada nesta terça-feira (8) e seguirá
para análise da Câmara, onde poderá ser alterada. Pela proposta, a
imprensa fica proibida de contratar institutos de pesquisa que tenham
trabalhado para partidos políticos, candidatos ou órgãos públicos no
período de um ano antes das eleições.
O texto veta a “contratação do instituto que tenha prestado serviço
na esfera administrativa a que se referir a abrangência da pesquisa
eleitoral”. Ou seja, se uma empresa foi contratada pelo governo de um
determinado Estado, ela não poderá realizar pesquisas neste mesmo Estado
para um veículo de comunicação por um período de um ano antes do pleito
eleitoral.
“É mais uma tentativa de dificultar a divulgação de pesquisas. O
Congresso ensaia diversos atos desse tipo. É um desejo que os políticos
têm de dificultar o acesso a informação. Para eles, o ideal é que apenas
eles mesmos tenham acesso aos resultados das pesquisas”, disse o
diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino.
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