O último amistoso do Brasil antes de
estrear nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018 –
enfrentando o Chile, em Santiago – serviu para mostrar que o time vai
penar nas duas primeiras rodadas, nas quais não poderá contar com o
suspenso Neymar. Na vitória no amistoso desta terça-feira sobre os
Estados Unidos por 4 a 1, em Boston, só houve jogo nos 45 minutos
finais, depois da entrada do craque. Sem ele, o desempenho da equipe foi
tão medíocre como havia sido no triunfo por 1 a 0 sobre a Costa Rica,
no último sábado.
O adversário mudou em relação ao último
jogo, mas o roteiro do primeiro tempo foi o mesmo. A seleção fez um gol
cedo (Hulk, aos oito minutos, aproveitando o rebote de um cruzamento de
Willian que saiu muito fechado e bateu na trave direita) e perdeu o
apetite. Ficou com a posse de bola, mas seu primeiro objetivo era manter
o perigo – como se o time norte-americano tivesse todo esse poder
ofensivo – longe da área do goleiro Marcelo Grohe.
O astro do Barcelona joga muito e tem
prazer em jogar. Para ele, não faz sentido estar em campo para
“administrar” um resultado. Ele quer a bola para ir para cima, para
driblar, para desestabilizar os marcadores, para fazer gols. E acaba
contagiando os companheiros e os encorajando a se livrar das amarras.
A seleção ainda teve chances para
aumentar o placar, mas faltou a bola cair no pé de Neymar para a rede
balançar. Aos 45 minutos Williams fez o gol de honra dos donos da casa,
em uma falha de Marcelo Grohe. Mas pouca gente percebeu porque só havia
olhos para Neymar. Que a terceira rodada das Eliminatórias chegue logo.
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